Curso de Serviço Social: o que o profissional faz?

As dúvidas não são poucas sobre o trabalho do assistente social. Afinal, você sabe o que faz quem se forma em Serviço Social na faculdade?

Muita gente tem uma ideia vaga sobre o trabalho desse profissional, muitas vezes associando-o apenas a ajudar pessoas em situação de vulnerabilidade. Mas a formação acadêmica como assistente social oferece possibilidades muito mais amplas.

Quer entender melhor o que é o Serviço Social e quais as atribuições dos profissionais da área? Tire suas dúvidas a seguir!

As iniciativas ou projetos para resolver situações desfavoráveis aos grupos mais frágeis da sociedade fazem parte da alçada dos Serviços Sociais. São situações que podem estar relacionadas a diversos setores, como educação, saúde ou alimentação.

Quem atua no setor é chamado de assistente social. O profissional é impulsionado pelo senso de justiça, trabalhando pelo direito à igualdade entre todas as pessoas .

O Serviço Social envolve planejamento e prática. E muitos estudantes escolhem a profissão por ter muita empatia, um forte senso de responsabilidade e vontade de ajudar o próximo .

Formação e remuneração

Uma dúvida muito comum de quem quer atuar no Serviço Social diz respeito ao salário e às oportunidades do mercado.

Segundo dados da plataforma Salario.com.br, do Novo CAGED, do eSocial e do Empregador Web, a média salarial atual é de R$ 3.020,58 para uma jornada de trabalho com 32 horas semanais.

Mas, como você pode imaginar, é possível ganhar até R$ 5.665,37, também conforme a plataforma Salario.com.br. Para isso, são necessários desempenho diferenciado e boa qualificação na área.

Para ter acesso às melhores oportunidades do mercado, é fundamental cursar uma graduação em Serviço Social em uma instituição de ensino . Após a formação acadêmica, também é obrigatório obter o registro no Conselho Regional da profissão para atuar.

Quem se forma em Serviço Social tem uma série de funções e responsabilidades no mercado de trabalho. O profissional pode atuar em diferentes segmentos, tanto no setor privado como no público .

Nesses ambientes, o profissional pode desempenhar as seguintes funções:

desenvolvimento de projetos e programas sociais;
consultoria a instituições públicas e privadas;
ensino e pesquisa em instituições de ensino superior;
avaliação socioeconômica para acesso a benefícios e serviços sociais;
coordenação de atividades em diferentes áreas;
garantia de direitos a pessoas em situação de vulnerabilidade;
disseminação de informações à população.

O profissional também pode colaborar para a criação de políticas que visam o bem-estar das populações vulneráveis. Para isso, o assistente realiza a coleta de dados, laudos e estudos que auxiliem na elaboração e aplicação de programas governamentais.

Existem muitas responsabilidades que as pessoas acham que estão na lista de tarefas desse profissional, mas não estão. É normal confundir por essa profissão ser bem ampla e trabalhar em várias áreas, mas é importante deixar claro o que não faz parte do escopo.

Na lista abaixo, confira algumas das responsabilidades que não são do assistente social.

Função de psicólogo

O assistente social trabalha com questões sociais, direitos e políticas públicas, mas ele não é psicólogo. Ele não oferece terapia ou acompanha processos de saúde mental como esse.

Claro, ele pode até orientar alguém a procurar um psicólogo ou ajudar a acessar esse tipo de serviço, mas o atendimento psicológico mesmo não é com ele.

Atividades de caridade ou doação

Essa confusão é comum. Tem gente que acha que assistente social distribui cestas básicas ou faz doações. Mas, na prática, o trabalho vai muito além disso.

Ele atua para estruturar políticas e sistemas que garantam direitos e acesso, não só ações pontuais de caridade.

Resolver sozinho problemas financeiros das pessoas

O assistente social não é um “resolvedor de dívidas”. Ele não vai negociar com bancos ou pagar contas em nome de ninguém.

O trabalho dele é orientar, informar sobre direitos e ajudar a acessar programas de apoio, como auxílio emergencial, benefícios sociais e outras políticas públicas.

Determinar guarda ou decisão judicial sobre crianças

Muitas pessoas acham que o assistente social tem o poder de decidir quem fica com a guarda de uma criança, mas isso não é verdade.

Um assistente pode participar de estudos sociais que ajudam a embasar decisões da Justiça, mas quem bate o martelo final é o juiz. O papel dele aqui é técnico, de análise, não de decisão.

Função administrativa geral em órgãos públicos

O assistente social trabalha muito em órgãos públicos, mas isso não significa que ele vai estar lá cuidando de papéis, burocracia ou tarefas administrativas.

Ele está focado no atendimento e no planejamento de ações sociais, não em funções que cabem a setores administrativos.

Muita gente se surpreende quando descobre quantas áreas diferentes pode atuar depois da faculdade de Serviço Social . Confira as 8 áreas mais comuns onde o assistente social pode trabalhar :

hospitais, clínicas e postos de saúde para ajudar pacientes a terem acesso aos seus direitos;
escolas e universidades, apoiando alunos e famílias com questões sociais;
programas de proteção como CRAS e CREAS para ajudar famílias em situação de vulnerabilidade;
projetos de moradia popular, auxiliando no acesso a programas habitacionais e mediando conflitos em comunidades;
varas da infância, da família ou até no sistema prisional, acompanhando processos e defendendo direitos;
setor de RH de empresas para promover o bem-estar dos funcionários, inclusão social e diversidade;
ONGs e fundações para desenvolver projetos sociais que combatem desigualdades.

Viu só? O mercado é enorme , e isso mostra como o assistente social é importante em várias áreas e como o trabalho dele impacta a sociedade .

Como se destacar no mercado?

Agora que você já sabe o que faz e quanto ganha um profissional do Serviço Social, é interessante entender como pode se destacar no mercado de trabalho. Assim como em outras áreas, quem deseja ter sucesso precisa apresentar diferenciais para ter mais chances de ascensão na carreira.

O setor é dinâmico e exige bastante responsabilidade e comprometimento, além de habilidades socioemocionais e comportamentais muito bem trabalhadas. Confira, a seguir, os fatores que influenciam nessa construção :

Escolher uma boa instituição de ensino

O primeiro passo é investir em conhecimento de qualidade . Para isso, é necessário buscar por uma formação acadêmica reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC) e valorizada pelos empregadores do setor.

É fundamental que a instituição proporcione toda a estrutura básica e complementar para o avanço dos alunos. As atividades, por exemplo, devem ser voltadas para o aprofundamento de capacidades que fazem parte da rotina profissional.

Desenvolver as habilidades e competências necessárias

O assistente social deve ser dedicado para ter um perfil comportamental adequado às funções que exercerá . Uma das melhores maneiras de se diferenciar diante da concorrência é trabalhando para potencializar qualidades.

Em geral, quem trabalha no setor têm um grande senso de responsabilidade e empatia para com o próximo.

A inteligência emocional é outro aspecto de suma importância, já que ela contribui muito no momento de lidar com os desafios rotineiros da profissão na manutenção do equilíbrio mesmo diante das situações mais difíceis ou angustiantes .

Participar de trabalhos voluntários

Uma forma de adquirir destaque na carreira em Serviço Social é participando de iniciativas de maneira voluntária . Você pode prestar serviços em creches, escolas, ONGs e instituições públicas ou privadas que atuam com filantropia, entre outros.

Além de ajudar a população em situação de vulnerabilidade, essa é uma alternativa para desenvolver habilidades e competências essenciais, como:

empatia;
compaixão;
senso de justiça;
facilidade para trabalhar em equipe;
liderança;
engajamento.

Estudar

Hoje, boa parte dos empregadores dá preferência a candidatos que demonstram interesse pelos estudos e se mantêm atualizados . A dinamicidade do mercado exige isso para que os profissionais possam se manter preparados para os desafios que encontrarão.

Essa busca pelo aprimoramento é ótima para aprender habilidades e conhecer pessoas da mesma área. Também é a melhor forma de conseguir destaque e ter um currículo mais valorizado, sobretudo em processos de recrutamento e seleção.

Existem várias faculdades excelentes oferecendo essa formação. Mas, com tanta opção, fica aquela dúvida: como escolher o curso certo pra você? Não se preocupe, listamos quatro dicas pra te ajudar a tomar essa decisão com confiança.

Veja se o curso é reconhecido pelo MEC

Parece óbvio, mas é importante. Sem o reconhecimento do MEC, o diploma não vale de nada. Verifique o reconhecimento no site e-MEC, do Ministério da Educação, ou no site da própria faculdade para confirmar essa informação.

Pesquise a grade curricular

Nem todo curso é igual. Dê uma olhada nas matérias que a faculdade oferece e veja se o conteúdo combina com o que quer aprender.

Alguns cursos têm foco na prática, outros são mais teóricos. É importante escolher um que esteja alinhado com o seu estilo de aprendizado e com as áreas que você pensa em atuar.

Confira a estrutura e o suporte da faculdade

O curso exige anos de estudo, então será preciso escolher um lugar que ofereça estrutura decente. Procure saber se a faculdade tem biblioteca boa, laboratórios, salas equipadas e até se oferece apoio para estágio.

Leve em conta o custo e a localização

Se a faculdade é cara ou muito longe da sua casa, pode ser complicado se manter no curso até o último semestre! Escolha uma instituição que caiba no bolso e que não demande horas de deslocamento.

Agora que você já sabe o que faz no Serviço social, lembre-se: a melhor maneira de ter acesso às melhores oportunidades de emprego é investir em uma boa formação, que ofereça tudo o que é preciso para construir sua carreira.

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