Estudantes da UNIFACS participam de projeto inédito que leva atendimento médico a comunidades ribeirinhas da Amazônia
 

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Estudantes da UNIFACS participam de projeto inédito que leva atendimento médico a comunidades ribeirinhas da Amazônia

26 / Setembro / 2022

Expedição pretende realizar até 3 mil atendimentos em 15 dias 

Do último sábado (24) até o dia 8 de outubro, seis estudantes do curso de Medicina da UNIFACS vão dar início à expedição inaugural do Projeto Missão Amazônia.

A iniciativa inédita, que está na sua primeira edição, levou 30 estudantes de seis Escolas de Medicina da Inspirali, vertical de Medicina da Ânima Educação, entre elas a UNIFACS, para oferecer atendimento médico in loco e via telemedicina para mais de 10 comunidades ribeirinhas situadas nos municípios de Santarém, Aveiro e Belterra, no Pará. 

A aluna do 7º semestre de Medicina da UNIFACS, Priscila Alkmim Magnavita, conta que a missão trouxe expectativas que vão além de colocar em prática os conhecimentos adquiridos ao longo do curso. “Sem dúvidas, a importância dessa missão é levar atenção, humanização e auxílio. Queremos, ao máximo, ajudar as comunidades, usando todos os recursos que estiverem à nossa disposição, percebendo as necessidades de cada um e fazendo a diferença na vida dessas pessoas”. explica a estudante.

As expedições ocorrerão de maneira contínua e já estão incorporadas como atividade prática e de extensão universitária ao currículo da UNIFACS. Para 2023, já estão previstas seis novas incursões na região. Essa primeira expedição pretende fazer até 3 mil atendimentos em 15 dias e sob supervisão de 10 professores. O objetivo, além de levar atendimento e orientação médicos aos moradores da região, é proporcionar aos alunos uma abordagem humanizada da Medicina.  

Propósito 

“Nosso propósito é formar médicos com pensamento crítico e reflexivo, preocupados com as necessidades de comunidades menos favorecidas, que possam olhar para todo o contexto e ser capazes de propor soluções. Será um resgate da medicina humanitária a partir de uma conexão da medicina ‘antiga’ com a moderna”, diz a professora doutora Lena Peres, diretora de Formação e Desenvolvimento Docente da Inspirali e uma das líderes da expedição. A conexão a que a professora se refere se traduzirá na combinação de abordagens modernas, como a telemedicina, à conhecimentos da realidade amazônica, como fitoterapia, cuidados quanto a animais peçonhentos e práticas educativas locais.  

Os estudantes foram selecionados dentre o contingente dos que estão nos últimos anos da graduação em Medicina nas instituições Universidade Salvador / UNIFACS (BA); Universidade Potiguar / UnP (RN); Centro Universitário de Belo Horizonte / UniBH (MG); Universidade São Judas (SP); Universidade Anhembi Morumbi (SP) e Universidade do Sul de Santa Catarina / UniSul (SC).  

Troca 

Trazendo na bagagem as mais diversas experiências de vida, estão passando por um processo de capacitação que inclui orientações gerais referentes ao fluxo da missão e também a segurança, documentação e preparo psicológico. As atividades durante a missão envolverão grupos de alunos oriundos da mesma instituição e também times formados por estudantes de instituições diferentes, a fim de proporcionar o máximo possível de troca de experiências e aprendizado. Na volta às suas respectivas cidades-natais, os alunos participarão de várias atividades para transmitir aos colegas os aprendizados resultantes do projeto.  

Além das seis escolas que enviarão alunos ao Pará, as demais oito instituições da Inspirali que oferecem graduação em Medicina terão envolvimento no projeto, com atendimento via telemedicina e troca de informações entre alunos e professores para diagnósticos e definição de condutas. Os atendimentos incluirão consultas, exames e mesmo pequenas cirurgias.  

O barco-hospital Abaré, a bordo do qual a expedição navegará pelo rio Tapajós, possui estrutura para atendimento clínico e odontológico: são quatro consultórios, sala para pequenas cirurgias e estrutura de laboratório para análises clínicas e radiografias, além de acomodações para os integrantes da missão. A embarcação, de baixo calado, é própria para navegar em rios mais rasos, o que lhe permite chegar a mais comunidades, e será utilizada em todas as expedições do projeto. A Prefeitura de Belterra destacará uma equipe de estratégia de saúde da família para também participar da expedição, propiciando a atuação conjunta dos profissionais locais com estudantes e professores da Inspirali. 

Sobre o Projeto Missão Amazônia 

O Projeto Missão Amazônia abrange premissas surgidas a partir do advento da pandemia de Covid-19, como a necessidade da Saúde Única, abordagem que prevê a associação das saúdes humana, animal e ambiental de forma indissociável, com soluções analisadas de forma conjunta. “A busca do equilíbrio entre essas três frentes é o que permitirá que, por exemplo, a comunidade médica possa tentar evitar a ocorrência de outras pandemias”, explica a Profa. Dra. Lena.

O projeto também tratará da questão da mortalidade infantil. Belterra, cidade que fica a mais de 700 km de Belém, a capital paraense, tem hoje um dos mais altos índices neste aspecto: 19,1 óbitos a cada 1 mil nascidos vivos (no Brasil, são 12 por 1 mil). A expedição levará orientações aos moradores e ações básicas de prevenção e promoção da saúde, de maneira a contribuir para a redução do índice.

“Na Inspirali, somos uma organização com 14 cursos de Medicina, 1,5 mil professores e 13 mil alunos e temos a obrigação de cumprir o nosso propósito, que é o de transformar o Brasil e a saúde pela educação. A Missão Amazônia é um projeto do tamanho do nosso propósito. Queremos ajudar a mudar indicadores de saúde, como o de mortalidade infantil, e impactar de alguma forma a melhora da saúde da população local, reforçando os espaços organizados pelo Sistema Único de Saúde”, diz o Prof. Dr. José Lúcio Machado, diretor médico da Inspirali, que também participará em parte da expedição. 

Além dele, o CEO da Inspirali, Guilherme Soárez, e o presidente do conselho de administração da Ânima Educação, Daniel Castanho, estarão em Belterra para acompanhar parte das atividades e planejar junto com a autoridades locais as ações das novas expedições que serão realizadas a partir do início de 2023.    

Sobre a Inspirali

Criada em 2020, a Inspirali atua na gestão de escolas médicas do Ecossistema Ânima. É uma das principais empresas de ensino superior de Medicina no Brasil, com mais de 13 mil alunos e 14 instituições – localizadas em capitais como São Paulo, Belo Horizonte, Salvador, Florianópolis e Natal – e importantes centros de desenvolvimento do país, como Piracicaba (SP), São José dos Campos (SP), Cubatão (SP), Tubarão (SC), Vespasiano (MG), Irecê̂ (BA), Jacobina (BA), Guanambi (BA) e Brumado (BA).   

As graduações em Medicina seguem modelo acadêmico reconhecido entre os mais inovadores do mundo e pensado para formar profissionais de alta performance com uma visão integral do ser humano. O portfólio da Inspirali contempla também cursos livres e especializações focados na medicina integrativa e aborda temas relevantes no cenário global, a exemplo da pós-graduação em cannabis medicinal, primeiro curso na área certificado pelo Ministério da Educação (MEC). A aprendizagem digital ativa oferece recursos tecnológicos (robôs de alta fidelidade e realidade virtual e aumentada MedRoom) e apoio socioemocional, assim como as atividades práticas e o acompanhamento personalizado.